Cidade colombiana impõe confinamento e multas aos antivacinas contra a covid
Em uma cidade do caribe colombiano, as autoridades perderam a paciência com os antivacinas. A partir de agora, deverão fazer um confinamento rígido em suas casas sob pena de multas ou prisão, anunciou a prefeitura do município de Sucre nesta segunda-feira (2).
"Temos que usar a mão dura como líderes (...). Todos têm que se vacinar, porque se não, não poderão circular no município de Sucre", afirmou à Blu Rádio a prefeita Elvira Julia Mercado.
A prefeita impôs por decreto o toque de recolher durante oito dias para quem não se vacinou contra a covid-19, apesar de o município ter recebido as doses necessárias para imunizar seus 28.000 habitantes.
Segundo Mercado, apenas 10.000 pessoas foram imunizadas na cidade, devido às notícias falsas que desestimulam a vacinação.
"Há religiões que são contra as vacinas para a juventude porque dizem eles que não podem sair para beber (...), diz que outros vão morrer em dois anos (...), que a vacina é o anticristo", explicou.
Sob o novo decreto, os não vacinados só poderão sair de casa se for para prestarem ou receberem algum serviço de saúde, ou para finalmente se protegerem do coronavírus com a vacina, de acordo com o governo municipal.
Todos os estabelecimentos da cidade, como supermercados, bares, casas de festa, restaurantes, bancos e lojas, deverão exigir o cartão de vacinação para permitir a entrada, explicou a prefeita Mercado.
Além disso, haverá postos de controle na entrada e saída do município para verificar o cumprimento do decreto.
A prefeita alertou que quem violar a medida deverá pagar uma multa equivalente a 260 dólares e, em caso de reincidência, poderão acabar presos.
Em oito dias, as autoridades locais avaliarão a situação sanitária e decidirão se as restrições serão mantidas ou não.
Com 50 milhões de habitantes, a Colômbia é o terceiro país da América Latina com mais mortos por covid-19 em relação à sua população, depois do Peru e Brasil.
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