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EUA e França anunciam ajuda financeira adicional ao Líbano

04/08/2021 12h59

Paris, 4 Ago 2021 (AFP) - O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu nesta quarta-feira (4) 100 milhões de euros (US$ 118 milhões) em ajuda ao Líbano, durante uma conferência internacional de doadores organizada por ocasião do primeiro aniversário da explosão no porto de Beirute.

"Nos próximos 12 meses, vamos destinar quase 100 milhões de euros em novos compromissos em apoio direto à população do Líbano", anunciou Macron, no início da teleconferência organizada pela França e pela ONU.

Esta ajuda se concentrará na educação, na ajuda alimentar e na agricultura, afirmou o chefe de Estado francês.

Paris espera arrecadar mais de US$ 350 milhões no total durante esta conferência internacional, copresidida por Macron e pela vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohamed.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, prometeu uma ajuda de 40 milhões de euros (US$ 47 milhões), e a União Europeia, 5,5 milhões de euros (US$ 6,5 milhões), a serem usados para combater a pandemia da covid-19.

Esta é a terceira conferência de ajuda ao Líbano organizada pela França desde a explosão de 4 de agosto de 2020 no porto de Beirute. Pelo menos 214 pessoas morreram na tragédia, e mais de 6.500 ficaram feridas.

Já o presidente americano, Joe Biden, prometeu nesta quarta-feira uma ajuda adicional ao Líbano de US$ 100 milhões, ao mesmo tempo em que pediu ao país em crise que adote reformas econômicas e combata a corrupção.

"Hoje estou anunciando cerca de US$ 100 milhões de uma nova assistência humanitária", disse Biden na conferência da ONU sobre o Líbano.

"Mas nenhuma quantia de ajuda externa será suficiente se os líderes do Líbano não se comprometerem a fazer o trabalho necessário de reformar a economia e combater a corrupção", acrescentou.

"É essencial. Deve começar agora", insistiu o presidente americano.

A Casa Branca não especificou o destino da nova ajuda, mas Biden disse que é adicional aos US$ 560 milhões em assistência humanitária enviados ao Líbano nos últimos dois anos.

Em cada ocasião, os doadores prometeram milhões em ajuda emergencial. Para um plano de resgate mais amplo, estabeleceu-se como condição que os políticos libaneses formem um governo comprometido com o combate à corrupção, entre outras reformas.

O Líbano está sem governo desde a renúncia de Hassan Diab e de sua equipe, em 10 de agosto de 2020.

O recém-nomeado primeiro ministro libanês, Najib Mikati, anunciou na segunda-feira que a formação de um novo governo será adiada até depois dos atos pelo aniversário da explosão do porto.

A França também exigiu que sejam informados os resultados das investigações sobre as causas da devastadora explosão que devastou bairros inteiros da capital libanesa.

"Os líderes do Líbano devem a verdade ao seu povo", disse Macron.

"A França e vários outros (países) têm cooperado para fornecer todas as informações à nossa disposição, e estamos disponíveis para qualquer cooperação técnica, acrescentou.

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