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Fim do 'possível sequestro' de navio na costa dos Emirados

04/08/2021 20h08

Dubai, 4 Ago 2021 (AFP) - O incidente a bordo de um navio que estava nas costas dos Emirados Árabes Unidos, considerado como um "possível sequestro", chegou ao fim sem danos, anuncio nesta quarta-feira (4) a agência britânica de segurança marítima UKMTO, seis dias depois de um ataque a um petroleiro no Golfo.

As pessoas que subiram a bordo "abandonaram o navio", que está "a salvo. O incidente terminou", afirmou a UKMTO (United Kingdom Maritime Trade Operations) no Twitter.

O porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, confirmou que o "Asphalt Princess" tinha sido "apreendido" por "pessoal", que mais tarde "abandonou" este navio comercial de bandeira panamenha.

"Acreditamos que esse pessoal era iraniano, mas não podemos confirmar formalmente no momento", acrescentou à imprensa. Na véspera, ele tinha mencionado o "comportamento belicoso muito preocupante" por parte do Irã nas águas da região, mas se absteve de tirar conclusões.

Na terça-feira, a UKMTO, que é vinculada à Marinha britânica, havia informado sobre um "possível sequestro" a cerca de 60 milhas náuticas (110 quilômetros) da cidade de Fujairah, que integra os Emirados Árabes Unidos.

A UKMTO recomendou "extrema cautela" aos navios na área. A Casa Branca afirmou que a situação era "muito preocupante".

Nesta quarta-feira, uma fonte de segurança marítima de Omã confirmou ter recebido informações segundo as quais o navio estava envolvido "em um incidente de sequestro em águas internacionais no golfo de Omã".

A força aérea do sultanato sobrevoa a área do incidente, para onde foram enviados também navios da Marinha para "contribuir para garantir a segurança das águas internacionais da região", acrescentou a mesma fonte, citada em um comunicado do ministério da Defesa de Omã.

O navio de bandeira panamenha "Asphalt Princess" transportava carga de alcatrão e betume rumo a Sohar, cidade portuária na costa norte de Omã, de acordo com o site especializado MarineTrafficz.

O site da revista Lloyd's List, referência no setor, disse na terça-feira que o navio se dirigia para o Irã sob o controle de homens armados.

O incidente ocorreu perto do Estreito de Ormuz, área por onde passa um terço do petróleo transportado por mar no mundo, e apenas cinco dias após um ataque um petroleiro da empresa de um bilionário israelense, Eyal Ofer, na costa de Omã que deixou dois mortos, um britânico e um romeno.

O petroleiro, atacado por "drones explosivos" segundo Washington, ancorou na terça-feira em Fujairah.

Israel, Estados Unidos, Reino Unido e Romênia atribuíram a ação ao Irã, que negou qualquer envolvimento e prometeu responder às ameaças de retaliação.

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