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Holanda enfrenta ameaça climática maior que a prevista, afirma o rei

As inundações mortais de julho na província de Limburgo, que também danificaram partes das vizinhas Alemanha e Bélgica, levaram o governo a "revisar as medidas previstas" - Shutterstock
As inundações mortais de julho na província de Limburgo, que também danificaram partes das vizinhas Alemanha e Bélgica, levaram o governo a "revisar as medidas previstas" Imagem: Shutterstock

21/09/2021 15h04

A Holanda, país particularmente vulnerável ao aumento do nível de mares e oceanos, enfrenta uma ameaça climática mais grave que a prevista, afirmou nesta terça-feira (21) o rei Williem-Alexander em seu tradicional discurso do "Prinsjedag" - o "Dia do Príncipe".

"A mudança climática e o aumento das águas estão acontecendo muito mais rápido e de forma mais severa que o esperado", disse o rei em Haia, durante a inauguração oficial do Parlamento.

"Será preciso mais esforços adicionais", continuou neste discurso, escrito pelo primeiro-ministro Mark Rutte e seu gabinete.

As inundações mortais de julho na província de Limburgo, que também danificaram partes das vizinhas Alemanha e Bélgica, levaram o governo a "revisar as medidas previstas", explicou.

Com cerca de um terço de seu território abaixo do nível do mar, a Holanda é particularmente vulnerável ao aquecimento global, mas ao mesmo tempo é um dos países mais poluentes 'per capita' na Europa.

Esta nação destinou um fundo de aproximadamente 7 bilhões de euros (8,2 bilhões de dólares) para o desenvolvimento de medidas adicionais como, por exemplo, fazer com que as casas e a indústria do país sejam mais sustentáveis.

O monarca também afirmou que a União Europeia (UE), enquanto bloco, enfrenta "decisões estratégicas sobre suas relações com a China e Rússia, assim como com os Estados Unidos".

"A cooperação transatlântica continua sendo a pedra fundamental da política de segurança da Holanda, mas simultaneamente teremos que investir mais na europeia", acrescentou.

Mais de seis meses depois das eleições legislativas, o país ainda é dirigido por um governo interino e os partidos mais importantes, incluindo o de Rutte, não chegaram a um consenso.

O discurso anual de Williem-Alexander ocorreu pela segunda vez consecutiva sem a pompa habitual na abertura do Parlamento, por causa das medidas sanitárias pela pandemia de covid-19.