Topo

Esse conteúdo é antigo

Biden e Macron prometem restabelecer confiança após 'crise' diplomática

Biden (foto) e Macron se encontrarão na Europa "no final de outubro", segundo informaram os governos locais - Evelyn Hockstein/Reuters
Biden (foto) e Macron se encontrarão na Europa "no final de outubro", segundo informaram os governos locais Imagem: Evelyn Hockstein/Reuters

Em Paris

22/09/2021 14h27Atualizada em 22/09/2021 14h53

Emmanuel Macron e Joe Biden se comprometeram, nesta quarta-feira (22), durante uma conversa por telefone, restaurar a confiança entre a França e os Estados Unidos após a crise dos submarinos australianos, que poderia ter sido evitada com "consultas abertas" prévias, de acordo com um comunicado conjunto do Palácio do Eliseu e da Casa Branca.

"Consultas abertas entre aliados sobre questões de interesse estratégico para a França e os parceiros europeus poderiam ter evitado esta situação. O presidente Biden expressou seu compromisso permanente com esta questão", diz o comunicado.

Por isso, os chefes de Estado americano e francês, que se encontrarão "na Europa no final de outubro", decidiram lançar um processo de consulta aprofundada com o objetivo de estabelecer as condições para garantir a confiança e propor medidas concretas para a concretização dos objetivos comuns".

Nesse contexto de apaziguamento, o embaixador da França nos Estados Unidos, Philippe Etienne, retornará a Washington "na próxima semana", decidiu Emmanuel Macron.

Paris havia anunciado na sexta-feira a retirada dos embaixadores nos Estados Unidos e na Austrália, uma decisão inédita com dois aliados históricos, após o cancelamento de um mega-contrato de submarinos franceses a serem adquiridos pela Austrália.

Na conversa com Macron, Biden também destacou que é "necessário que a defesa europeia seja mais forte e mais eficiente" para contribuir para a segurança transatlântica e para cumprir "o papel da Otan".

Os Estados Unidos "reiteram que o compromisso da França e da União Europeia na região Indo-Pacífico é de importância estratégica", aponta o comunicado, publicado seis dias após a mais grave crise diplomática entre os Estados Unidos e a França desde o voto negativo da França à guerra do Iraque em 2003.