Líder da extrema-direita austríaca se ofende com rumores de que se vacinou secretamente
Viena, 24 Set 2021 (AFP) - O líder da extrema-direita austríaca, Herbert Kickl, mostrou um atestado médico na televisão nesta sexta-feira (24) que mostra que ele não tem anticorpos contra a covid-19 e, assim, acabou com os rumores de que teria sido vacinado secretamente.
Diante de "um ataque frontal à sua credibilidade", o chefe do Partido da Liberdade Austríaco (FPO), claramente ofendido, convocou uma coletiva de imprensa.
Segundo Kickl, um opositor político espalhou o boato de que havia recebido uma dose, fato contrário ao que ele vinha garantindo publicamente há meses. O ex-ministro do Interior apresentou uma queixa contra a pessoa em questão.
Para demonstrar sua boa fé aos eleitores, Kickl publicou um vídeo no qual é visto fazendo um exame de sangue, acompanhado por um médico que atesta a ausência de anticorpos. Além disso, uma cópia dos resultados do laboratório foi entregue aos jornalistas.
"Estou lutando contra o sistema de castas estabelecido na Áustria devido ao coronavírus", disse o líder da extrema-direita do país da Europa Central.
"Agora, temos os vacinados acima, que dominam os não vacinados, privados de liberdade", continuou Kickl.
A Áustria está endurecendo gradualmente o passaporte sanitário introduzido na primavera e, a partir de outubro, apenas as pessoas que foram vacinadas ou que provaram que contraíram a doença terão acesso a estádios e teatros em Viena.
Pessoas não vacinadas não terão mais acesso, mesmo que apresentem teste negativo.
Com 60,1% da população vacinada, a Áustria, que é um dos países mais ricos do mundo, está ficando para trás. Na União Europeia, a taxa de vacinação, que varia muito de país para país, é atualmente de 63,4%, com Portugal liderando (83,4%), enquanto a Bulgária fica na parte inferior do ranking (18,8%).
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