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Centro Carter avalia possibilidade de observar eleições na Venezuela

07/10/2021 21h12

Caracas, 8 Out 2021 (AFP) - O Centro Carter enviou representantes para a Venezuela para avaliar a possibilidade de enviar uma missão de observação eleitoral nas eleições regionais de novembro, informaram as autoridades nesta quinta-feira (7).

A organização, fundada pelo ex-presidente Jimmy Carter, observou pela última vez eleições na Venezuela em 2013, quando o atual presidente, Nicolás Maduro, venceu por margem apertada as eleições convocadas após a morte de seu antecessor e mentor, Hugo Chávez.

"Três integrantes do Centro Carter estão na Venezuela em uma missão exploratória para avaliar sua disponibilidade, sua possibilidade de assistir como observadores às próximas eleições", disse Pedro Calzadilla, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

"Foram convidados e contaremos com eles, visitando alguns dos centros eleitorais da capital" durante uma simulação das eleições de governadores e prefeitos, prevista para este domingo, acrescentou.

A Venezuela tem previsto eleger prefeitos e governadores no próximo 21 de novembro, um processo que já conta com uma missão de observação da União Europeia (UE).

O Centro Carter observou seis eleições na Venezuela entre 1998 e 2013, a última com "uma pequena delegação", segundo seu site na internet.

O governo venezuelano foi reticente por anos a permitir a entrada de observadores internacionais e nas últimas eleições convidou "missões de acompanhamento" de organizações próximas do chavismo.

A UE, por exemplo, pressionou sem sucesso pelo envio de uma missão de observação nas legislativas de dezembro passado, boicotados pela oposição e nas quais o chavismo recuperou o Parlamento, até então o único poder que não o controlava. O bloco europeu não reconheceu o processo como legítimo.

Agora, os principais partidos da oposição decidiram participar das eleições regionais, embora tenham tido desavenças para nomear candidatos unitários.

As eleições de novembro serão celebradas em meio a processos de diálogo entre o governo e a oposição, que incluíram a nomeação de uma nova diretoria do CNE, na qual dois dos cinco reitores são representantes da oposição.

O Centro Carter também apoiou um processo de diálogo em 2002, juntamente com a Organização de Estados Americanos (OEA), depois da crise gerada pelo golpe frustrado contra Chávez naquele ano.

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