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Agressor norueguês matou vítimas com 'objeto pontiagudo', e não com flechas

18/10/2021 11h16

Oslo, 18 Out 2021 (AFP) - A polícia da Noruega informou nesta segunda-feira (18) que as cinco vítimas do agressor que usou arco e flechas na semana passada foram assassinadas com um "objeto pontiagudo", usado pelo criminoso depois que deixou o arco cair.

"Em algum momento, ele descartou, ou perdeu, o arco e as flechas", afirmou o inspetor Per Thomas Omholt em uma entrevista coletiva.

O policial disse que o homem matou "cinco pessoas com um objeto pontiagudo, tanto em endereços privados como em espaços públicos".

A polícia, que até agora havia relatado que o suspeito Espen Andersen Bråthen estava armado com arco e flechas e outras duas armas, não quis especificar de qual tipo de arma branca se tratava.

"Tudo indica que essas vítimas foram assassinadas aleatoriamente", acrescentou Per Thomas Omholt.

Segundo a polícia, mais de 10pessoas foram alvos dos lançamentos com arco no início do ataque, mas nenhuma delas morreu por este mecanismo.

Suspeito de radicalização islâmica, o dinamarquês Espen Andersen Bråthen, de 37 anos, reconheceu ter matado cinco pessoas e ferido outras três no ataque cometido na última quarta-feira (13), em Kongsberg, uma pequena cidade no sudeste da Noruega.

Ele viveu durante anos nesta localidade a cerca de 80 km ao oeste de Oslo.

"Quanto ao motivo, a doença continua sendo a principal hipótese. Quanto à conversão ao Islã, essa hipótese perde peso", completou o inspetor Per Thomas Omholt.

No sábado (16), a polícia identificou as cinco vítimas, quatro mulheres e um homem: Andréa Meyer, de 52 anos; Hanne Merethe Englund, 56; Liv Berit Borge, 75; Gunnar Erling Sauve, 75; e Gun Marith Madsen, 78.

- Sinais de alertaO suspeito, que provavelmente agiu sozinho, está em prisão provisória em um centro médico. Está passando por uma avaliação psiquiátrica para determinar se ele pode, ou não, ser responsabilizado criminalmente pelos eventos.

Criticada por ter demorado mais de meia hora para prender Bråthen após receber os primeiros alertas, a polícia inicialmente privilegiou a pista do ato terrorista, mas depois optou pela de saúde mental do suspeito.

Bråthen tinha histórico médico, segundo as autoridades, sem informar de que tipo.

O suspeito figurava na lista de pessoas "fichadas" pelos serviços de segurança noruegueses (PST), que tratam, entre outros assuntos, de casos de terrorismo.

Pouco depois do ataque, a polícia informou que "houve temores relacionados com uma radicalização" do indivíduo em 2020 e antes, o que levou as autoridades a manterem-no sob vigilância.

Segundo a emissora pública NRK, um primeiro sinal de alerta veio em 2015. Já de acordo com os jornais noruegueses, o PST alertou em 2018 que o suspeito poderia cometer "um ataque em pequena escala". Esta informação colocou as autoridades sob pressão e pôs em xeque as medidas aplicadas para impedir Bråthen de passar à ação.

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