Três crianças morrem em bombardeios na região etíope do Tigré, afirma a ONU
Genebra, 19 Out 2021 (AFP) - Três crianças morreram e várias pessoas ficaram feridas nos ataques aéreos realizados na segunda-feira (18) pelo exército etíope em Mekele, a capital da região do Tigré, segundo o Escritório da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Foram os primeiros ataques aéreos registrados na cidade de Mekele desde o início da guerra na região do Tigré há quase um ano.
"Funcionários da saúde registraram três crianças mortas e uma pessoa ferida em um ataque aéreo nos arredores de Mekele, na segunda-feira, no Tigré", informou nesta terça (19) um porta-voz do OCHA em Genebra, Jens Laerke.
"Mais tarde nesse mesmo dia, um segundo ataque aéreo no centro de Mekele feriu nove pessoas e causou destruição em casas e em um hotel próximo", acrescentou.
Fontes humanitárias, diplomáticas e médicas informaram sobre os bombardeios, mas o governo etíope inicialmente negou, dizendo que se tratava de uma "mentira absoluta".
Posteriormente, um meio de comunicação estatal confirmou os ataques, destacando que foram direcionados a alvos dos rebeldes do Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF).
Após meses de tensões com as autoridades regionais dissidentes do TPLF, o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed enviou o exército federal ao Tigré (norte) em 4 de novembro de 2020 para expulsá-los.
As forças federais tomaram o controle da maior parte da região, incluindo Mekele. Mas em junho o TPLF tomou o controle da maior parte do Tigré e depois continuou com sua ofensiva nas regiões vizinhas de Amhara e Afar.
A ONU pede "um acesso humanitário contínuo e sem restrições a todas as pessoas que precisam" de ajuda humanitária, afirmou Laerke.
No início de julho, a ONU alertou que 400.000 pessoas do Tigré "ultrapassaram o limite da fome" e desde então a situação se deteriorou.
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