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Colômbia afirma que prisão de ex-líder das Farc foi solicitada pelo Paraguai

20/10/2021 00h44

Bogotá, 20 Out 2021 (AFP) - A Colômbia informou nesta terça-feira que a captura no México de um dos ex-líderes e ex-negociadores das Farc se deu a pedido do Paraguai, desmentindo a versão da ex-guerrilha, segundo a qual o governo violou o acordo de paz de 2016.

"A prisão do senhor Rodrigo Granda foi produzida por uma circular vermelha do Paraguai por sequestro, associação criminosa e homicídio doloso", tuitou o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano.

Líderes do partido Comunes, movimento político que emergiu do acordo de paz de 2016, denunciaram mais cedo que Granda havia sido preso na Cidade do México a pedido do governo de Iván Duque. Segundo o senador Carlos Lozada, o presidente colombiano "pediu à Interpol que ativasse a circular vermelha enquanto Granda voava para o México, em uma clara violação do Acordo de Paz".

"A Interpol Colômbia não tem competência ou acesso para modificar, esclarecer ou cancelar informações divulgadas por outros países", respondeu Molano.

Rodrigo Londoño, presidente do Comunes, contou que ele e Granda viajaram com a autorização do tribunal especial de paz que os julga na Colômbia, para participarem de uma convenção de partidos de esquerda na capital mexicana. Ao desembarcar, o ex-guerrilheiro foi detido por autoridades, que confirmaram o procedimento à AFP.

Granda foi um dos negociadores do acordo de paz em Havana. Sua captura ocorre a pouco mais de um mês do quinto aniversário do pacto, assinado entre os guerrilheiros e o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos.

das/rsr/lb