ONU pede medidas urgentes a UE e Belarus para evitar mortes de migrantes
Genebra, 22 Out 2021 (AFP) - A ONU lançou, nesta sexta-feira (22), um apelo urgente à ação para salvar vidas e evitar sofrimento ao longo das fronteiras entre Belarus e União Europeia (UE), após a morte de um solicitante de asilo.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) diz que esta é a oitava morte notificada na região fronteiriça, onde grupos de requerentes de asilo e migrantes ficaram bloqueados por semanas, "em condições cada vez mais difíceis" e que devem se deteriorar com a chegada do inverno.
"Quando os direitos humanos básicos não são protegidos, há vidas em risco. É inaceitável que pessoas tenham morrido (...). Elas são reféns de um impasse político que deve ser resolvido agora", convocou o diretor regional do ACNUR para a Europa, Pascale Moreau, em um comunicado.
"Convocamos Belarus e Polônia, como signatários da Convenção sobre o Status dos Refugiados de 1951, a respeitarem suas obrigações legais internacionais e a permitirem que aqueles que buscam asilo em suas fronteiras tenham acesso a ela", insistiu Moreau.
Entre as pessoas bloqueadas na fronteira, estão 32 afegãos, incluindo crianças, que vivem entre Polônia e Belarus desde meados de agosto, em condições extremas e sem assistência, segundo o ACNUR.
Desde agosto, milhares de migrantes, principalmente do Oriente Médio e da África, tentaram cruzar a fronteira da União Europeia, saindo de Belarus.
A UE acusa Minsk de estimular este fluxo. A medida estaria sendo adotada em represália pelas sanções impostas pela UE, após a repressão da oposição por parte do governo bielorrusso.
apo/rjm/fio/rsc/eg/tt
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