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Macron pede que caso Dreyfus, vítima do antissemitismo, não seja esquecido

26/10/2021 17h02

Médan, França, 26 Out 2021 (AFP) - O presidente francês, Emmanuel Macron, instou a população a não esquecer as batalhas do passado ao inaugurar, nesta terça-feira (26), o museu sobre Alfred Dreyfus, vítima de um complô judicial e antissemita no século XIX.

"Não se esqueçam desses combates do passado, porque eles nos dizem que o mundo em que vivemos, como nosso país, como nossa República, não deve ser dado como certo", afirmou.

O museu, que será aberto ao público na quinta-feira na casa de Émile Zola em Médan, na região metropolitana de Paris, perpetua a memória do famoso escritor francês e Alfred Dreyfus, o capitão vítima da conspiração judicial, que acabou sendo reabilitado em 1906.

Este homem - disse Macron referindo-se a Dreyfus - "sofreu o pior, a humilhação, o silêncio, o isolamento. Nada vai reparar essas humilhações, mas não vamos agravá-las deixando-as no esquecimento".

Acompanhado pelo ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls e pelo rabino-chefe da França, Haïm Korsia, Macron visitou este museu que apresenta mais de 500 documentos sobre "o caso", entre eles um fac-símile da famosa reportagem falsa que incriminou o capitão e muitos cartazes antissemitas ou que insultavam Emile Zola, que lançou o famoso "Eu acuso" em sua defesa.

"Zola, é também a luta pela qual correu enormes riscos, uma luta eminentemente republicana", acrescentou Emmanuel Macron.

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