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Brasileiro é sequestrado e morto com outras 2 pessoas no Paraguai

Fazendeiro foi sequestrado com dois empregados, incluindo brasileiro; houve pagamento de resgate, mas vítimas foram executadas - Reprodução/Youtube
Fazendeiro foi sequestrado com dois empregados, incluindo brasileiro; houve pagamento de resgate, mas vítimas foram executadas Imagem: Reprodução/Youtube

Da AFP, em Assunção (Paraguai)

23/11/2021 20h05Atualizada em 23/11/2021 21h29

Um proprietário de terra e dois trabalhadores, um deles de nacionalidade brasileira, foram sequestrados e assassinados em uma região agrícola no centro do Paraguai, a cerca de 200 quilômetros da capital Assunção, informou a polícia paraguaia nesta terça-feira (23).

O agricultor Helmut Ediger, de 74 anos e de origem alemã, e seus funcionários, o brasileiro Odair dos Santos e o paraguaio Rolando González, foram encontrados mortos na colônia menonita de Friesland, situada nas imediações de Itacurubí del Rosario, a cerca de 200 quilômetros da fronteira com o Brasil, diz o boletim de ocorrência policial ao qual a AFP teve acesso.

As vítimas tinham sido sequestradas ontem por um grupo criminoso que ainda não foi identificado pelas autoridades.

"A informação preliminar que temos é que houve pagamento de resgate", disse aos jornalistas a promotora responsável pelo caso, María Irene Álvarez, que estimou um pagamento de 300.000 dólares, conforme a versão do filho de Ediger.

Além disso, um terceiro trabalhador, de 18 anos, conseguiu fugir dos sequestradores, segundo a versão policial.

Ediger era menonita, um braço do movimento cristão anabatista, que constitui uma importante força econômica do Paraguai. Cerca de 40.000 menonitas se estabeleceram em diversos assentamentos no país sul-americano desde 1927.

As forças de segurança do Paraguai costumam apontar o pequeno grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) como responsável por assassinatos, sequestros e ataques que aconteceram nesta região nos últimos ano.

No enanto, o subcomandante de polícia, o comissário Gilberto Fleitas, descartou a atuação do grupo citado no crime ocorrido em Itacurubí del Rosario.

"Esta não é a zona do EPP", afirmou Fleitas, que prometeu identificar e localizar os responsáveis.