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Centenas de detidos no Paquistão por linchamento de diretor de fábrica acusado de blasfêmia

04/12/2021 12h33

Sialkot, Paquistão, 4 dez 2021 (AFP) - Mais de 100 pessoas foram presas no leste do Paquistão pela morte do diretor de uma fábrica que foi linchado e queimado acusado de blasfêmia, anunciaram autoridades locais neste sábado.

Um total de 120 pessoas, incluindo um dos principais suspeitos, foram presas após o crime, informou o porta-voz da polícia local, Khurram Shehzad.

Após esse assassinato brutal, registrado em vídeos que circulam nas redes sociais, o primeiro-ministro Imran Khan falou de "um dia de vergonha para o Paquistão".

O crime ocorreu na cidade de Sialkot, na província de Punjab, cerca de 200 km a sudeste da capital Islamabad, depois que se espalharam os rumores de que o funcionário, que era natural do Sri Lanka, havia blasfemado, disse a polícia.

"Corria um boato na fábrica de que o diretor havia rasgado uma imagem religiosa e jogado no lixo", declarou à AFP Zulfiqar Ali, um policial local.

Segundo Hasan Khawar, porta-voz das autoridades provinciais, entre 800 e 900 pessoas lincharam a vítima.

A blasfêmia é um problema muito delicado no Paquistão, onde até mesmo relatos não comprovados de ofensas ao Islã podem desencadear linchamentos.

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