Centenas de detidos no Paquistão por linchamento de diretor de fábrica acusado de blasfêmia
Sialkot, Paquistão, 4 dez 2021 (AFP) - Mais de 100 pessoas foram presas no leste do Paquistão pela morte do diretor de uma fábrica que foi linchado e queimado acusado de blasfêmia, anunciaram autoridades locais neste sábado.
Um total de 120 pessoas, incluindo um dos principais suspeitos, foram presas após o crime, informou o porta-voz da polícia local, Khurram Shehzad.
Após esse assassinato brutal, registrado em vídeos que circulam nas redes sociais, o primeiro-ministro Imran Khan falou de "um dia de vergonha para o Paquistão".
O crime ocorreu na cidade de Sialkot, na província de Punjab, cerca de 200 km a sudeste da capital Islamabad, depois que se espalharam os rumores de que o funcionário, que era natural do Sri Lanka, havia blasfemado, disse a polícia.
"Corria um boato na fábrica de que o diretor havia rasgado uma imagem religiosa e jogado no lixo", declarou à AFP Zulfiqar Ali, um policial local.
Segundo Hasan Khawar, porta-voz das autoridades provinciais, entre 800 e 900 pessoas lincharam a vítima.
A blasfêmia é um problema muito delicado no Paquistão, onde até mesmo relatos não comprovados de ofensas ao Islã podem desencadear linchamentos.
sjd/ecl-emd/eb/bat/grp/me/mr
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.