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ONU adia indefinidamente decisão sobre enviados do Afeganistão e de Mianmar

06/12/2021 17h00

Nações Unidas, Estados Unidos, 6 dez 2021 (AFP) - A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira (6) uma resolução que adia indefinidamente o reconhecimento dos representantes propostos pelo talibã no Afeganistão e pela junta militar em Mianmar.

Aprovada por consenso sem o voto dos membros da ONU, a resolução foi inspirada em um acordo alcançado na semana passada pela Comissão de Credenciais das Nações Unidas, que inclui Estados Unidos, Rússia e China.

Na semana passada, a comissão recomendou "adiar sua decisão sobre as credenciais correspondentes aos representantes de Mianmar" e do Afeganistão durante a atual sessão da Assembleia Geral, que termina em setembro de 2022.

A curto e médio prazo, não são esperadas próximas reuniões da comissão de nove nações, presidida pela Suécia.

Para Mianmar e Afeganistão, os pedidos de credenciamento dos regimes, antigos e novos, estavam em discussão na ONU.

Wunna Maung Lwin, ministro das Relações Exteriores de Mianmar, abalado por um golpe militar em 1º de fevereiro, foi nomeado enviado em 18 de agosto pelo ex-comandante militar Aung Thurein.

Mas o enviado nomeado pela líder deposta Aung San Suu Kyi, Kyaw Moe Tun, desafiou a junta a permanecer no cargo e em 21 de agosto pediu à ONU que o mantivesse.

Por sua vez, o embaixador do Afeganistão na ONU, Ghulam Isaczai, nomeado pelo presidente destituído Ashraf Ghani, apresentou um pedido para permanecer na organização em 14 de setembro.

Em 20 de setembro, o talibã, que voltou ao poder no Afeganistão em meados de agosto, pediu à ONU que aceite Suhail Shaheen - ex-porta-voz do grupo islâmico - como novo representante do país.

Tanto os talibãs, quanto a junta de Mianmar criticaram a comissão da ONU por não ter confirmado seus embaixadores eleitos.

A comissão confirmou nesta quarta-feira os enviados de outras 191 nações, com reserva dos Estados Unidos: a Venezuela, cujo presidente Nicolás Maduro não é reconhecido após ter sido reeleito em 2018 em eleições questionadas pela comunidade internacional.

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