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Advogada indiana liberada depois de passar três anos detida sem direito a julgamento

09/12/2021 10h13

Mumbai, 9 dez 2021 (AFP) - Uma advogada, sindicalista e ativista dos direitos humanos foi libertada sob fiança nesta quinta-feira (9) na Índia, depois de passar mais de três anos em detenção, sem direito a julgamento, com base em uma polêmica lei antiterrorista.

Sudha Bharadwaj, 60 anos, foi detida em agosto de 2018 por supostamente incitar a violência entre diferentes castas indianas e por supostas ligações com rebeldes maoistas.

Um tribunal especial da Agência Nacional de Investigação (NIA) estabeleceu mais de uma dúzia de condições para sua libertação sob fiança, incluindo a proibição de falar sobre seu caso com a imprensa.

O tribunal também ordenou que ela deve permanecer em Mumbai e informar as autoridades sobre seu endereço e os números de telefone para contato.

A ativista estava detida com base na Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas (UAPA), que permite a prisão de pessoas sem julgamento prévio por tempo indeterminado.

Os críticos afirmam que o governo do primeiro-ministro indiano Narendra Modi usa a lei para silenciar a dissidência.

Dezesseis ativistas e acadêmicos foram detidos neste caso, incluindo o sacerdote jesuíta Stan Swamy, um ativista indiano dos direitos humanos, que foi preso em 2020 e morreu em julho.

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