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Magnata da imprensa Jimmy Lai é condenado pela vigília por Tiananmen em Hong Kong

09/12/2021 00h36

Hong Kong, 9 dez 2021 (AFP) - O magnata da imprensa Jimmy Lai e dois outros ativistas pró-democracia de Hong Kong foram condenados nesta quinta-feira (9) por participarem de uma vigília por Tiananmen que foi proibida pelas autoridades deste centro de negócios internacional.

O empresário de 74 anos, dono do censurado jornal pró-democracia Apple Daily, foi considerado culpado de assembleia ilegal, após o julgamento contra mais de duas dezenas de políticos e ativistas que prestaram homenagem ao massacre da Praça da Paz Celestial de Pequim em 1989.

Além de Lai, a ex-jornalista Gwyneth Ho e a proeminente advogada Chow Hang-tung também foram condenadas. O Tribunal Distrital de Hong Kong os considerou culpados de incitar e participar de uma reunião não autorizada.

Desde a repressão de Tiananmen, Hong Kong, uma ex-colônia britânica que voltou a ser controlada pela China em 1997, manteve uma vigília pelas vítimas daquele evento que se tornou um símbolo da libertação desta cidade.

No entanto, após os massivos protestos pela democracia em 2019, as autoridades desta capital financeira proibiram as duas últimas edições desta cerimônia, citando a pandemia e questões de segurança.

Na prática, as condenações contra os três ativistas não representam uma grande mudança em sua situação pessoal.

Os três fazem parte do grupo de dezenas de ativistas presos por vários motivos sob a égide de uma lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020 que esmagou a dissidência e reprimiu as liberdades de Hong Kong.

Anteriormente, 16 outros políticos e ativistas, incluindo o proeminente líder estudantil Joshua Wong, foram condenados a entre seis e dez meses de prisão por sua participação na vigília de 2020.

Os três condenados desta quinta-feira receberão os detalhes da sentença na próxima segunda-feira.

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