Principal opositora de Benin é condenada a 20 anos de prisão
Porto Novo, Benín, 11 dez 2021 (AFP) - A líder opositora e ex-ministra da Justiça de Benin, Reckya Madougou, foi condenada neste sábado (11) a 20 anos de prisão por acusações de "terrorismo" por um tribunal especial na capital do país, Porto Novo.
Depois de mais de 20 horas de audiências, Madougou, de 47 anos, foi declarada culpada de "cumplicidade com atos terroristas" pelo Tribunal de Repressão das Infrações Econômicas e Terroristas (CRIET, nas siglas em francês).
Esse mesmo tribunal também condenou outra figura de destaque da oposição a 10 anos de prisão.
Os opositores afirmam que este tribunal, que foi estabelecido em 2016, foi usado pelo governo do presidente Patrice Talon para reprimir a dissidência e levar o país ao autoritarismo.
"Este tribunal decidiu deliberadamente punir pessoas inocentes", disse Madougou pouco antes do anúncio de sua sentença.
Madougou foi uma das personalidades da oposição proibidas de se candidatarem às eleições de abril, nas quais Talon foi reeleito com 86% dos votos.
Algumas semanas antes da eleição, em março, foi detida por acusações de financiamento de uma operação para assassinar políticos para impedir as votações, em uma tentativa de "desestabilizar" o país.
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