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Assistentes de voo da Cathay Pacific são detidos por violar medidas anticovid

17/01/2022 16h03

Hong Kong, 17 Jan 2022 (AFP) - A polícia de Hong Kong deteve a acusou nesta segunda-feira (17) dois assistentes de voo da companhia aérea Cathay Pacific de terem supostamente violado as restrições relativas à pandemia de covid-19, depois que vinculou-se o aparecimento neste território da variante ômicron do coronavírus ao seu descumprimento de uma quarentena domiciliar.

Assim como na China, Hong Kong adota uma estrita estratégia de "covid zero", que tem mantido o número de casos em um nível muito baixo, mas que isolou em boa parte este centro financeiro, tanto do continente quanto do resto do mundo nos últimos dois anos.

Um surto recente da variante ômicron, atribuído à tripulação da Cathay Pacific, que teria descumprido seu período de quarentena, levou ao endurecimento drástico das medidas contra a covid-19, o que inclui o fechamento de jardins de infância, escolas de ensino fundamental e refeitórios noturnos.

A polícia de Hong Kong anunciou na noite desta segunda que dois assistentes de voo foram detidos e acusados de terem violado as medidas anticovid.

"Realizaram atividades desnecessárias" nos dias 25 e 27 de dezembro, em um momento em que se supunha que deveriam estar em quarentena domiciliar após seu retorno a Hong Kong, de acordo com um comunicado da polícia.

"Posteriormente, os dois (assistentes) testaram positivo para a variante ômicron da covid-19, após o que foram internados no hospital e tiveram alta após concluir seu tratamento", acrescenta o texto.

Ambos, que foram demitidos pela companhia aérea após violarem a quarentena, podem agora ser condenados a até seis meses de prisão e multa de 640 dólares, foram postos em liberdade sob fiança e no próximo mês terão suas audiências judiciais.

A revelação desta violação da quarentena por funcionários da Cathay gerou novas pressões sobre a companhia aérea, já muito afetada pela pandemia, visto que devido às restrições fronteiriças atuais, foram reduzidas as viagens com destino a esta cidade, que costumava ser um hub de transportes e logística.

A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam (pró-Pequim), anunciou na semana passada que as autoridades investigam se a Cathay Pacific cumpriu as medidas e restrições contra a covid, razão pela qual poderia responder a ações legais.

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