Tensão em Jerusalém por desalojamento de família palestina
Jerusalém, 17 Jan 2022 (AFP) - A polícia israelense negociava nesta segunda-feira (17) com um palestino escondido no telhado de sua casa com um barril de gasolina, enquanto sua família enfrenta o despejo da residência no agitado bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.
Pouco depois da chegada da polícia para realizar o despejo, Mohamed Salhiya se refugiou no telhado de sua casa com um barril de combustível, confirmou um jornalista da AFP.
Sua família vinha sendo ameaçada com esse despejo desde 2017. As forças de segurança e o gabinete do prefeito de Jerusalém indicaram em um comunicado conjunto que foram ao local para fazer cumprir a ordem de despejo, já que o terreno em que está localizada a casa da família foi destinado à construção de uma escola.
Depois, familiares do homem subiram no telhado, que "ameaçaram se imolar e incendiar a casa se as forças de ocupação (nome dado pelos palestinos a Israel) tomasse a residência", declarou à AFP Mona Al Kurdi, militante palestina que mora no bairro.
Na parte leste de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel, contrariando o direito internacional, centenas de famílias palestinas residentes ali há décadas atualmente são confrontadas com ordens de despejo.
Em maio, manifestações de apoio a famílias palestinas ameaçadas de expulsão em Sheikh Jarrá resultaram em confrontos com palestinos e a polícia israelense, antes de uma onda de violência sangrenta em Israel e nos Territórios Palestinos.
Para Laura Wharton, vereadora presente nesta segunda em Sheikh Jarrá, "a escola pôde ser construída sem desalojar as famílias".
"Há espaço suficiente", acrescentou em declarações à AFP.
Mais de 300.000 palestinos e 210.000 israelenses moram hoje em Jerusalém oriental, estes últimos em colônias ilegais, segundo o direito internacional.
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