Corte dos EUA destina dinheiro norte-coreano confiscado para família de estudante
Seul, 18 Jan 2022 (AFP) - Um tribunal americano outorgou à família de Otto Warmbier, um jovem morto após ser preso em Pyongyang, US$ 240.000 apreendidos de um banco norte-coreano - revelaram documentos judiciais.
O juiz Lawrence Kahn, da corte distrital norte de Nova York, aprovou na semana passada a apreensão de fundos do banco norte-coreano Korea Kwangson Banking Corporation, depois de sua ausência de resposta a uma ordem de confisco.
"Entra-se com uma decisão a favor dos demandantes credores Cynthia Warmbier e Fredrerick Warmbier em relação aos Fundos Sujeitos pela soma de US$ 240.336,41, acrescidos de eventuais juros gerados", diz o despacho visto pela AFP.
Warmbier tinha 22 anos quando foi preso na Coreia do Norte por, supostamente, remover um cartaz de propaganda de seu hotel. Morreu pouco depois de ser enviado de volta, em coma, para os Estados Unidos, em 2017.
Seus pais, Cynthia e Fredrerick Warmbier, processaram a Coreia do Norte por suspeita de tortura e assassinato de seu filho, e um juiz americano ordenou que Pyongyang pagasse a eles US$ 501 milhões em 2018.
Submetido a duras sanções internacionais por causa de seu programa de armas nucleares e em grave crise econômica, o país teria poucos bens nos Estados Unidos e ignorou a sentença de 2018.
Otto Warmbier viajou para a Coreia do Norte, como parte de uma excursão com outras pessoas. Foi separado de seu grupo no aeroporto de Pyongyang e acusado de crimes contra o Estado pela acusação de que teria removido o cartaz de propaganda.
De acordo com a decisão de 2018, quando o jovem finalmente voltou para casa após 17 meses, estava conectado a um tubo de alimentação e gritava coisas incompreensíveis.
Warmbier estava cego e surdo, seus dentes estavam desalinhados, e os olhos, perdidos, conforme a sentença. Morreu seis dias depois de chegar.
Pyongyang culpou sua condição pelos medicamentos que teria tomado por botulismo.
cdl/ceb/qan/mas/zm/tt
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