EUA e Espanha insistem em 'resposta dura' no caso de 'agressão russa à Ucrânia'
Washington, 18 Jan 2022 (AFP) - Os Estados Unidos e a Espanha reiteraram que se a Rússia realizar "uma nova agressão" contra a Ucrânia haverá uma "resposta dura", durante uma reunião nesta terça-feira (18) entre o ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel Albares, e seu homólogo americano, Antony Blinken, em Washington.
Albares e Blinken "discutiram a importância de coordenar ações em apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia e reiteraram que qualquer nova agressão russa contra a Ucrânia resultaria em uma resposta dura", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, após a reunião.
A crise na Ucrânia foi o tema central da reunião, após a Rússia enviar cerca de 100 mil soldados, veículos e artilharia para a fronteira com o país.
Em declarações à imprensa, Albares afirmou ter transmitido "o compromisso espanhol com os nossos aliados, também com a Ucrânia, com a sua integridade territorial e soberania, incluindo a Crimeia", península anexada pela Rússia em 2014.
"A tensão na Europa e entre os aliados e a Rússia é muito grande", disse o ministro durante sua primeira viagem oficial a Washington, em um momento em que potências ocidentais acusam o Kremlin de preparar uma invasão ao país, uma acusação negada pelo russos.
"Vamos trabalhar juntos pelo diálogo, pela desescalada e o abrandamento, mas também vamos trabalhar juntos na dissuasão, se for necessário, porque o diálogo não gera frutos como gostaríamos", declarou ele aos repórteres.
Horas depois de falar com o chanceler russo, Serguei Lavrov, e horas antes de viajar para a Europa, Blinken afirmou que "em tempos difíceis como esses, faz uma enorme diferença ter parceiros próximos, amigos próximos, aliados próximos, como a Espanha".
O encontro entre os dois chefes da diplomacia também abordou a próxima cúpula da Otan que Espanha vai sediar nos dias 29 e 30 de junho e "que obviamente será muito centrada no conceito estratégico" da organização, segundo Albares.
Esta cúpula assume especial importância agora que o presidente russo, Vladimir Putin, estabelece como condição para avançar nas negociações sobre a Ucrânia que a Aliança Atlântica garanta que não aceitará o país como membro.
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