Israel investiga se aplicativo Pegasus foi usado para espionar seus cidadãos
Jerusalém, 19 Jan 2022 (AFP) - O ministro da Justiça de Israel prometeu uma investigação exaustiva sobre as acusações de que o controverso programa Pegasus foi usado para espionar cidadãos israelenses, incluindo pessoas que lideraram protestos contra o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O grupo de segurança cibernética NSO está na lupa após as acusações feitas por um consórcio internacional de 17 veículos de que o aplicativo Pegasus foi usado supostamente para espionar jornalistas, ativistas e altos diretores de empresas em todo o mundo.
Nesta semana o jornal de negócios israelense Calcalist informou que o Pegasus também foi usado para espionar cidadãos do país que iniciaram os protestos de 2021 contra Netanyahu, quando o político ainda era primeiro-ministro.
A polícia nega energicamente os relatos.
No entanto, o ministro de Segurança Interna de Israel, Omar Barlev, um político muito crítico de Netanyahu que assumiu com o novo governo que tirou o antigo líder do poder, ofereceu uma defesa mais sutil.
"Não há escutas telefônicas ou hackeamento por parte da polícia, sem uma ordem de um juiz", afirmou.
O aplicativo Pegasus só pode ser vendido a Estados e essas vendas devem obter o sinal verde de uma comissão especial do ministério da Defesa de Israel, que é responsável pela aprovação de vendas de armas.
Assim que o aplicativo estiver instalado em um celular, o Pegasus acessa todo o conteúdo e mensagens do dono do telefone e também permite ativar à distância o celular para gravar sons e imagens.
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