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Mulher é condenada à morte por compartilhar caricatura de Maomé no WhatsApp, no Paquistão

Lei prevê possibilidade de pena de morte contra blasfêmia no Paquistão; caricaturas de Maomé são proibidas pelo Islã - Reprodução/ Usman Ghani/ Wikimedia Commons
Lei prevê possibilidade de pena de morte contra blasfêmia no Paquistão; caricaturas de Maomé são proibidas pelo Islã Imagem: Reprodução/ Usman Ghani/ Wikimedia Commons

Em Islamabad, no Paquistão

19/01/2022 13h04Atualizada em 19/01/2022 14h34

Uma mulher muçulmana foi condenada à morte no Paquistão após ser acusada de enviar textos blasfemos e caricaturas do profeta Maomé via WhatsApp, informou um tribunal.

A blasfêmia é um assunto muito delicado no Paquistão de maioria muçulmana e onde a lei contempla a possibilidade de pena capital para esses casos, embora nunca tenha sido aplicada até agora.

Aneeqa Ateeq, de 26 anos, foi presa em maio de 2020 e acusada de enviar "material blasfemo" pelo WhatsApp, segundo o resumo divulgado pelo tribunal.

Quando um amigo pediu que ela excluísse a mensagem, ela reenviou o material, apontou.

Caricaturas de Maomé são proibidas pelo Islã.

A sentença foi anunciada em Rawalpindi e o tribunal ordenou que ela fosse "pendurada pelo pescoço até a morte".

Mais de 80 pessoas estão presas no Paquistão sob acusação de blasfêmia. Metade enfrenta prisão perpétua ou pena de morte, de acordo com a Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos.

Em dezembro, um trabalhador do Sri Lanka que trabalhava no Paquistão foi linchado e queimado por uma multidão após ser acusado de blasfêmia.