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Vice-presidente de Taiwan visitará EUA durante viagem a Honduras

20/01/2022 10h55

Taipé, 20 Jan 2022 (AFP) - Taiwan anunciou nesta quinta-feira (20) que seu vice-presidente passará pelos Estados Unidos antes e depois de ir para Honduras para a cerimônia de posse da presidente eleita Xiomara Castro, uma escala que a China vê como uma afronta.

O vice-presidente William Lai vai liderar a delegação taiwanesa de 26 pessoas a Honduras e passará por Los Angeles no caminho, anunciou o porta-voz presidencial Xavier Chang em um comunicado.

"De volta (à delegação), vai fazer uma parada em San Francisco para passar a noite", acrescentou Chang.

A China considera Taiwan uma de suas províncias e disse que vai recuperá-la, pela força se necessário. Também disse que o status da ilha de 'governo democrático' é um dos temas mais sensíveis em suas relações com os Estados Unidos.

As viagens de diplomatas taiwaneses geralmente envolvem escalas nos Estados Unidos, o que costuma gerar reclamações da China.

O porta-voz da diplomacia chinesa Zhao Lijian reafirmou nesta quinta-feira a postura de Pequim sobre as escalas de autoridades taiwanesas nos Estados Unidos.

"A China sempre rejeitou com firmeza que os Estados Unidos ou outros países que têm relações diplomáticas com a China coordenem essas escalas, e sempre rejeitou qualquer diálogo oficial com Taiwan", declarou.

A presença de Lai na posse de Castro acontecerá apesar de a presidente eleita ter defendido em sua campanha iniciar "imediatamente relações diplomáticas e comerciais com a China continental" se ganhar as eleições.

O ministério taiwanês das Relações Exteriores disse que Lai planeja se reunir com Castro "para falar dos critérios sobre assuntos de interesse comum" em sua visita de seis dias.

A América Latina foi palco de disputas diplomáticas entre China e Taiwan desde que se separaram em 1949 após uma guerra civil.

Pequim tenta há décadas que os aliados diplomáticos de Taiwan mudem de lado.

Honduras é um dos 14 países que ainda reconhecem Taiwan, depois que a Nicarágua se aliou a Pequim em dezembro.

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