Topo

Esse conteúdo é antigo

Cuba julga 39 manifestantes por protesto de julho

24/01/2022 21h19

Havana, 25 Jan 2022 (AFP) - Ao menos trinta e nove participantes dos protestos do último 11 de julho em Cuba serão julgados nesta semana em Havana e em outras duas províncias pelos crimes de rebelião, sabotagem e atentado, informou o grupo Justiça 11J nesta segunda-feira (24).

Entre segunda e sexta-feira, serão julgados "39 manifestantes" que podem ser condenados a penas de entre seis e 26 anos de prisão pelos crimes", segundo uma lista publicada pelo grupo do Facebook Justiça 11J.

Do total de manifestantes, de 17 a 68 anos de idade, nove serão processados pelo Tribunal Popular de Jovellanos. Outros 21 serão julgados no Tribunal do Município de 10 de outubro, em Havana, e mais nove em tribunais dos municípios de Quivicán e San José de las Lajas, na província de Mayabeque.

Depois que os Estados Unidos acusaram Cuba de julgar menores de idade entre os manifestantes de julho, o chanceler cubano Bruno Rodríguez assegurou no Twitter que os atuais "processos judiciais" na ilha "transcorrem com pleno apego à lei e dentro dos padrões internacionalmente aceitos".

Washington "mente para ofuscar o trabalho exemplar de Cuba na proteção de sua infância e justificar medidas coercitivas criminosas", acrescentou.

Aos gritos de "Liberdade" e "Temos fome", milhares de cubanos protestaram em 11 de julho em manifestações que deixaram um morto, dezenas de feridos e 1.377 detidos, dos quais 727 ainda estão presos, segundo a Cubalex.

As autoridades não informaram a quantidade de pessoas presas e processadas por causa dos protestos.

De acordo com o Justiça 11J, até hoje "pelo menos 407" manifestantes foram julgados, incluindo 158 por rebelião e 40 por sabotagem.

Em Cuba, onde qualquer oposição é ilegal, o governo acusa os dissidentes de serem "mercenários" dos Estados Unidos.

rd/lp/gm/lb/mvv

Twitter