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Avanço das forças curdas em prisão síria invadida pelo EI é lento

26/01/2022 09h24

Beirute, 26 Jan 2022 (AFP) - As forças curdas avançam lentamente, nesta quarta-feira (26), dentro de uma prisão na cidade de Hassake, na Síria, onde jihadistas do Estado Islâmico (EI) estão entrincheirados há seis dias - informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Mais de 100 combatentes do EI invadiram a prisão de Ghwayran na quinta-feira passada (20) com armamento pesado. Este presídio abriga jihadistas e é monitorado por milícias curdas nesta localidade do nordeste do país.

Com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, as Forças Democráticas Sírias (FDS, dominadas pelos curdos) tentam, desde então, retomar o controle da área.

"Nesta quarta-feira, continuam vasculhando os dormitórios da prisão", relatou o OSDH.

Os combates aconteceu de forma intermitente durante a noite, afirmou a ONG, acrescentando que se trata do "maior e mais violento" ataque do EI desde sua derrota militar na Síria em março de 2019.

Células clandestinas do grupo continuam ativas, porém, e costumam lançar sangrentos ataques desde então.

A maioria dos detentos de Ghwayran foi capturada por milícias curdas no final de 2018 e início de 2019, últimos momentos de existência do autoproclamado califado do EI abrangendo Síria e Iraque.

No total, os confrontos nesta prisão desde 20 de janeiro deixaram 181 mortos, incluindo 124 jihadistas, 50 combatentes curdos e sete civis, segundo o balanço da OSDH.

De acordo com a ONU e com grupos de defesa dos direitos humanos, centenas de menores estariam presos em Ghwayran. Esta antiga escola transformada em centro de detenção teria cerca de 3.500 jihadistas, entre eles ocidentais, afirmou o OSDH.

No controle de grandes extensões de território no norte e nordeste da Síria, os curdos pedem em vão a repatriação dos quase 12 mil jihadistas de mais de 50 nacionalidades presos no país.

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