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ONU demite funcionário chileno após um ano de investigação interna

26/01/2022 19h12

Nações Unidas, Estados Unidos, 26 Jan 2022 (AFP) - A ONU decidiu demitir, após uma longa investigação interna, um funcionário chileno que assessorava o secretário-geral e que permaneceu suspenso de suas funções por um ano, informou nesta quarta-feira (26) o porta-voz da organização, Stéphane Dujarric.

Fabrizio Hochschild Drummond, de nacionalidade chilena, havia acabado de ser indicado como enviado para tecnologia quando o secretário-geral da organização, António Guterres, decidiu, em janeiro de 2021, suspendê-lo de seu cargo.

"Ele foi informado das conclusões" da investigação interna e "não é mais empregado da ONU", disse o porta-voz durante sua coletiva de imprensa diária.

Em uma mensagem publicada no Twitter, Hochschild rejeitou qualquer acusação de "assédio sexual e má gestão financeira, que não foram confirmados pela investigação interna".

"Minha vontade de fazer o trabalho levou alguns a me verem como um supervisor autoritário e exigente, e peço desculpas por isso", se defendeu o ex-gerente.

"Vários fatores minaram meus direitos mais básicos ao devido processo legal", continuou Hochschild, acrescentando que está "considerando solicitar uma revisão independente do caso pelo Tribunal de Disputas da ONU".

Dujarric se recusou a dizer exatamente do que Hochschild foi acusado e não explicou por que a investigação que levou à sua saída das Nações Unidas levou um ano.

A ONU já iniciou um novo processo de contratação para o cargo de enviado de tecnologia, segundo ele.

De acordo com o site PassBlue, veículo especializado na ONU, várias mulheres que trabalharam em 2020 com Hochschild apresentaram denúncias contra ele, citando casos de assédio e outros comportamentos inadequados.

Na ocasião, o ex-funcionário de 58 anos, nascido no Reino Unido e de nacionalidade chilena, era o responsável pelas comemorações do 75º aniversário da organização.

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