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Desemprego continua caindo no Brasil e chega a 11,6%

28/01/2022 12h18

Rio de Janeiro, 28 Jan 2022 (AFP) - O desemprego no Brasil caiu pelo oitavo mês consecutivo e ficou em 11,6% no trimestre setembro-novembro, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (28).

O índice de desemprego, o mais baixo registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde janeiro de 2020 (11,4%), antes da pandemia (que deixou mais de 620.000 mortos no país), caiu 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior, junho-agosto (13,1%) e em 2,8 comparado ao trimestre setembro-novembro de 2020 (14,4%).

Apesar das últimas quedas, o desemprego continua afetando 12,4 milhões de pessoas neste país de 213 milhões de habitantes, afetado também por uma inflação disparada - 10,06% em 2021, a maior desde 2015 - que continua prejudicando as rendas das famílias.

Os dados, que coincidem com o avanço da vacinação no Brasil, "acompanham a trajetória de ocupação que podemos ver nos últimos trimestres" e podem estar refletindo a "sazonalidade" dos meses do fim do ano, quando as contratações tendem a aumentar entre o comércio e o setor de serviços, afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuyv.

A melhora no índice de desemprego é afetada, entretanto, pelo dado de rendimento dos salários dos trabalhadores, que reduziu 4,5% contra o trimestre anterior e ficou no pior nível da série histórica, iniciada em 2012.

"Isso significa que, apesar do aumento significativo na ocupação, as pessoas que entram no mercado de trabalho ganham menos. Além disso, há o efeito inflacionário, que incide na queda das rendas reais dos trabalhadores", explicou Beringuy.

Segundo o IBGE, um total de 38,6 milhões de brasileiros trabalham na informalidade, equivalente a 40,06% da força de trabalho, números semelhantes ao trimestre anterior.

Segundo a ONU, quase um quarto dos brasileiros está em situação de insegurança alimentar.

A economia brasileira entrou em recessão ao registrar um retrocesso de 0,1% do PIB no terceiro trimestre de 2021,o segundo consecutivo com resultado negativo.

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