Ex-ministra da Justiça vence 'primária popular' da esquerda às presidenciais da França
Paris, 30 Jan 2022 (AFP) - Após quatro dias de votação, a "primária popular" para apoiar um candidato da esquerda nas eleições presidenciais da França elegeu a ex-ministra da Justiça Christiane Taubira, que já era favorita, embora persista a dúvida se será possível encontrar um nome capaz de unificar o eleitorado.
Um total de 467.000 pessoas se inscreveram para participar da votação on-line, iniciada na quinta-feira. Os participantes tinham que pontuar os candidatos - cinco políticos e dois membros da sociedade civil - entre "muito bom" a "inapropriado" para estabelecer uma escala.
Taubira obteve a melhor avaliação, à frente do ecologista Yannick Jadot, do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, do eurodeputado Pierre Larrouturou e da socialista Anne Hidalgo.
"Obrigada por sua confiança", disse Taubira, ex-ministra socialista da Justiça, perante simpatizantes em Paris. "Queremos uma esquerda unida, queremos uma esquerda de pé, temos um longo caminho pela frente", acrescentou.
O objetivo da votação é que o ganhador obtenha o apoio dos outros candidatos a fim de criar um bloco de esquerdas unido para desafiar o presidente, Emmanuel Macron, nas eleições de abril.
Mas a primária popular, lançada por ativistas políticos como grupos ambientalistas, feministas e antirracistas, foi afetada por vários contratempos.
O maior de todos foi a recusa manifestada pelos candidatos de peso, como Mélenchon, Jadot e Hidalgo, prefeita de Paris.
"Para mim, a página da primária passou há muito tempo", disse Jadot no sábado, enquanto Mélenchon tachou a iniciativa de uma "farsa".
Taubira, de 69 anos, já era a candidata mais bem colocada e já afirmou que aceitaria o veredicto da primária.
Segundo pesquisas de opinião, todos os candidatos de esquerda seriam eliminados no primeiro turno das eleições presidenciais, em abril.
Macron, que ainda não se declarou candidato à reeleição, parte como favorito, segundo as consultas, seguido da candidata de ultradireita Marine Le Pen.
No entanto, os pesquisadores alertaram que o panorama político continua muito volátil e que o resultado das eleições permanece muito difícil de prever.
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