Começam em Doha negociações de paz entre a junta e rebeldes de Chade
Doha, 13 Mar 2022 (AFP) - A junta no poder do Chade desde a morte do presidente Idriss Déby, assassinado há dez meses em uma rebelião, iniciou negociações de paz há muito adiadas com vários grupos rebeldes no Catar neste domingo (13), mas os diálogos foram posteriormente suspensas por dois dias.
A suspensão por 48 horas, decidida após os discursos de abertura, se deveu a uma diferença sobre o formato das negociações e porque alguns representantes dos 44 grupos rebeldes convidados estavam ausentes.
Issa Ahmat, porta-voz da Frente para a Alternância e a Concórdia no Chade (FACT), acusado de ter matado o presidente Idriss Déby, declarou à AFP que a oposição rechaçou contatos diretos com os representantes do governo e pede que o Catar atue como mediador.
Esse início de diálogo em Doha, prometido há meses e inicialmente marcado para 27 de fevereiro, foi adiado para 13 de março no último momento.
Um dos objetivos declarados do filho do falecido chefe de Estado, general Mahamat Idriss Déby Itno, 38, que se proclamou presidente da República em 20 de abril de 2021 à frente de uma junta de 15 soldados, é transportar grupos armados à mesa de um "Diálogo Nacional Inclusivo", que está previsto para 10 de maio com os opositores políticos e o exército.
Um diplomata, no entanto, disse que as negociações de Doha podem durar várias semanas, atrasando assim o início do diálogo.
A cerimônia de abertura das negociações ocorreu sem a presença de alguns dos 84 líderes e 44 forças armadas convidadas, que não puderam deixar seus esconderijos na Líbia, no Sudão ou seu exílio ainda mais longe, porque seus documentos de viagem não chegaram a tempo, de acordo com um membro da mediação chadiana.
A história da independência de Chade, colônia francesa até 1960, é marcada por tentativas de golpes e rebeliões.
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