Emir de Dubai assediou ex-esposa, conclui justiça britânica
O emir de Dubai assediou e intimidou sua ex-esposa em "níveis particularmente desproporcionais", concluiu o Supremo Tribunal de Londres nesta quinta-feira (24), após uma batalha judicial sobre seus dois filhos com a princesa Haya.
Mohamed bin Rashid al Maktoum, 72, "exibiu consistentemente um comportamento coercitivo e manipulador em relação a membros de sua família", disse o juiz Andrew McFarlane.
A sentença decide uma disputa legal entre o governante e sua sexta esposa, Haya Bint Al Hussein, 47 anos, filha do falecido rei Hussein da Jordânia.
A princesa fugiu dos Emirados Árabes Unidos para Londres em 2019, alegando ser "aterrorizada" por seu então marido.
A justiça britânica concluiu em outubro de 2021 que Mohamed bin Rashid al Maktoum autorizou a clonagem do telefone de sua esposa e de seus advogados britânicos.
Em março de 2020, um tribunal britânico também entendeu que o emir havia "encomendado e orquestrado" o sequestro de duas de suas filhas por outra esposa, a princesa Shamsha, em 2000 em Cambridge, e sua irmã Latifa.
Em uma decisão de dezembro de 2021, o soberano dos Emirados foi condenado a pagar uma quantia recorde de mais de 700 milhões de dólares para sua ex-esposa e seus filhos, Al Jalila, 14, e Zayed, 10.
A princesa Haya agora será a única responsável pelos cuidados e educação das duas crianças. O pai poderá ter contato indireto com eles, por exemplo, por telefone.
Um porta-voz de Mohamed bin Rashid al Maktum garantiu que o emir "ama seus filhos" e "sempre cuidou deles", além de negar as acusações.
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