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EUA flexibilizam sanções contra Venezuela para promover diálogo político

17/05/2022 17h00

Washington, 17 Mai 2022 (AFP) - Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (17) que vão relaxar algumas sanções contra a Venezuela, entre elas uma ligada à petrolífera Chevron, a fim de promover o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição apoiada por Washington.

Esta decisão está "vinculada a um acordo entre ambas as partes para a retomada das negociações" na Cidade do México e encontrar uma solução para a crise política venezuelana, "que deverá ser anunciada muito em breve", informou a jornalistas uma autoridade americana.

Ela especificou que o governo de Joe Biden tomou essas medidas "a pedido do governo interino venezuelano" liderado pelo opositor Juan Guaidó, que os Estados Unidos consideram o presidente legítimo da Venezuela.

O alto funcionário disse que este "alívio de sanções" à Venezuela se refere sobretudo a uma "licença limitada" concedida ao grupo petrolífero norte-americano Chevron no contexto do embargo ao petróleo venezuelano, imposto por Washington a Caracas em 2019 em uma tentativa de tirar Maduro do poder.

A flexibilização "autoriza a Chevron a negociar os termos de possíveis atividades futuras na Venezuela", mas "não permite fechar nenhum novo acordo com a PDVSA (companhia petrolífera estatal venezuelana)", explicou.

O Tesouro americano planeja revelar "outra medida" em uma data posterior, acrescentou. E enfatizou: "Nenhum desses alívios de pressão levaria a um aumento de renda para o regime".

O governo de Maduro, reeleito até 2025 em eleições denunciadas como fraudulentas por vários países, e a Plataforma Unitária da Venezuela, que agrupa a oposição, iniciaram negociações na Cidade do México em meados de agosto para encerrar a aguda crise política e econômica do país.

Mas Maduro suspendeu as negociações em outubro em resposta à extradição para os Estados Unidos do empresário Alex Saab, acusado de atuar como seu laranja.

Esse relaxamento da política americana em relação à Venezuela acontece no dia seguinte do levantamento de algumas restrições em relação a Cuba, países que, como a Nicarágua, os Estados Unidos consideram ditaduras.

Também é anunciado faltando três semanas para a IX Cúpula das Américas, organizada pelo governo Biden em Los Angeles e que o México e outros países da região ameaçam boicotar se houver países excluídos.

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