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Legisladores dos EUA pedem que FBI investigue morte de jornalista na Cisjordânia

20/05/2022 19h35

Washington, 20 Mai 2022 (AFP) - Mais de 50 deputados americanos pediram nesta sexta-feira (20) que o FBI investigue o assassinato na Cisjordânia da jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, apesar das promessas israelenses de uma investigação.

Os 57 membros da Câmara Baixa, em sua maioria democratas, e encabeçados pelo representante Andre Carson, destacaram que Shireen Abu Akleh tinha cidadania americana, e fez alusão aos relatos divergentes sobre como ela morreu em 11 de maio.

"Dada a situação delicada na região e as informações contraditórias sobre a morte" da jornalista palestino-americana, "solicitamos ao Departamento de Estado e ao Birô Federal de Investigações (FBI) que iniciem uma investigação" sobre sua morte, informaram em uma carta.

"Abu Akleh tinha direito a todas as proteções dadas aos cidadãos americanos que vivem no exterior", destacaram na carta enviada ao secretário de Estado, Antony Blinkeb, e ao diretor do FBI, Christopher Wray.

A Al Jazeera e os palestinos afirmam que as forças israelenses mataram a jornalista enquanto ela cobria uma incursão do exército israelense em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.

Israel diz que ela pode ter sido morta por disparos palestinos ou por uma bala perdida de um soldado israelense.

O embaixador israelense em Washington, Michael Herzog, se disse "desanimado" com a carta e que seu país tenha buscado uma investigação conjunta com a Autoridade Palestina com um papel de observador americano.

"Nosso apelo foi categoricamente rechaçado pela Autoridade Palestina, que está utilizando cinicamente a morte de Abu Akleh para instigar uma campanha de propaganda contra Israel", afirmou.

Ao contrário, pediu ao Congresso americano para pressionar a parte palestina por uma investigação e afirmou que as tropas israelenses "nunca atacariam intencionalmente membros da imprensa".

O Departamento de Estado considerou que Israel pode realizar uma investigação confiável, mas Blinken também criticou a polícia israelense pelo uso da força durante o funeral de Abu Akleh.

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