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Embargo da UE ao petróleo russo será possível em alguns dias, diz ministro alemão

Bombeamento de petróleo em Ufá, na Rússia - Sergei Karpukhin
Bombeamento de petróleo em Ufá, na Rússia Imagem: Sergei Karpukhin

24/05/2022 06h44Atualizada em 24/05/2022 06h44

Um embargo do petróleo russo será possível "dentro de alguns dias", afirmou o ministro alemão da Economia, Robert Habeck, ao comentar um tem que não tem a unanimidade exigida dentro da União Europeia (UE).

"Restam apenas alguns Estados, sobretudo a Hungria, que apontaram problemas, mas as discussões continuam", declarou Habeck ao canal público ZDF.

"Acredito que conseguiremos um avanço dentro de alguns dias", afirmou.

Os europeus já anunciaram que, a partir de agosto, deixarão de importar carvão da Rússia. Mas o bloco ainda está negociando a possibilidade de impor um embargo ao petróleo russo antes do fim do ano.

"Um embargo está ao alcance de mão", disse Habeck.

As sanções europeias precisam ser aprovadas por unanimidade.

A princípio, Bruxelas pretendia interromper as importações de petróleo bruto russo em um prazo de seis meses e as de produtos refinados antes do fim de 2022.

Mas, até agora, a Hungria se recusou a aceitar este sexto pacote de sanções proposto pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, argumentando falta de garantias de que a medida não provocará problemas de abastecimento no país.

A Hungria depende do petróleo fornecido pela Rússia através do oleoduto Druzhba e o governo húngaro solicitou que esta via de abastecimento permaneça isenta das sanções. Entre 0,7 e 2,8 milhões de barris por dia passam pelo oleoduto (uma pequena parte das compras europeias).