Chanceler mexicano denuncia negligência de fabricantes de armas dos EUA após massacre
México, 26 Mai 2022 (AFP) - O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, denunciou nesta quinta-feira (26) uma "negligência evidente" de fabricantes de armas dos Estados Unidos, contra os quais o México mantém uma ação em cortes americanas. As declarações foram feitas após o massacre de 19 crianças e duas professoras em uma escola do Texas
"Há uma negligência evidente de parte desta indústria e, não vamos, portanto, recuar, vamos seguir adiante", disse Ebrard, em alusão à ação judicial na qual o México acusa oito fabricantes de armas americanos de praticarem um comércio descuidado, que facilita seu tráfico ilegal aos cartéis do narcotráfico mexicanos.
O massacre na escola fundamental da pequena cidade de Uvalde, Texas, a uma hora da fronteira com o México, foi executado por um adolescente de 18 anos que comprou um fuzil legalmente.
"Que se venda uma arma de assalto a um jovem de 18 anos, o que leva a este tipo de tragédia, é uma imensa tragédia", acrescentou Ebrard, que se disse "profundamente entristecido" com o ataque.
O chanceler mexicano destacou que a alegação mexicana, apresentada em agosto do ano passado perante uma corte federal da cidade de Boston, fala "essencialmente" da negligência das empresas que fabricam armas.
"Por exemplo, a empresa que fabrica esta arma, o [fuzil de assalto] AR15, faz propaganda de suas armas com muita gente jovem, como você pode ver em sua página na internet", reforçou Ebrard durante uma coletiva de imprensa.
O fuzil AR-15 - fabricado pela Colt, uma das companhias incluídas na ação mexicana - é projetado para provocar o maior número possível de vítimas em um tempo recorde, segundo dados da indústria.
A tragédia de Uvalde, a pior em uma escola americana em uma década, multiplica a revolta e as perguntas sobre como limitar a venda de armas neste país, um controle que poderia ter evitado o massacre.
jla/sem/gm/mvv
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.