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Petro e Hernández empatados a uma semana do segundo turno na Colômbia

10/06/2022 14h39

Bogotá, 10 Jun 2022 (AFP) - Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10) prevê uma disputa presidencial acirrada na Colômbia, com um empate técnico nas intenções de voto entre o milionário Rodolfo Hernández e o esquerdista Gustavo Petro, a uma semana da realização do segundo turno.

Com um ponto percentual de diferença, o empresário Hernández (48,2%) supera o ex-senador Petro (47,2%), uma vantagem menor do que a margem de erro (2,6%), segundo a Invamer.

Petro, um ex-guerrilheiro de 62 anos, saiu na frente no primeiro turno com 40% dos votos e enfrentará agora Hernández (77 anos), que surpreendeu e tirou a direita da corrida pelo poder ao obter a segunda melhor votação (28%).

Desde então, as pesquisas preveem uma disputa acirrada em 19 de junho para substituir o presidente conservador Iván Duque.

Entre maio e junho, o candidato da esquerda perdeu 2,8 pontos percentuais em intenções de voto, enquanto seu rival aumentou 0,8, segundo levantamento da Invamer

Hernández é ex-prefeito de Bucaramanga (norte) e um construtor de sucesso, sem ideologia ou partido, que engloba todo o seu programa no combate à corrupção.

Seu rival, que aspira se tornar o primeiro presidente de esquerda na Colômbia, apresenta um ambicioso programa de reformas para aumentar o papel do Estado na economia.

De acordo com a pesquisa, a intenção de voto para Petro é maior entre os jovens de 18 a 24 anos (68,4%), enquanto os principais apoios de Hernández estão na faixa de idade de 45-54 anos, com 59,8%.

Os colombianos vão às urnas descontentes com o governo de Duque, que termina seu mandato em 7 de agosto com 28% de aprovação a sua gestão.

Além disso, 64,2% das pessoas que responderam a pesquisa acreditam que o país "vai pelo mau caminho" e consideram que o maior problema é a corrupção (22,8%).

Apesar das visões opostas, Hernández e Petro são considerados políticos antissistema e eles encarnam os carrascos das elites conservadoras e liberais que historicamente governaram este país de 50 milhões de habitantes.

A Invamer entrevistou 2.000 pessoas entre 3 e 7 de junho de 2022.

lv/vel/dg/ap