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Conselheiros de segurança de EUA e China se reúnem; diálogo 'franco', diz Casa Branca

Bandeiras dos EUA e da China em Xangai - Aly Song
Bandeiras dos EUA e da China em Xangai Imagem: Aly Song

Da AFP

13/06/2022 19h15Atualizada em 13/06/2022 19h30

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, se reuniu nesta segunda-feira (13) em Luxemburgo com seu colega chinês, Yang Jiechi, anunciou a Casa Branca, que classificou de "franca" a longa conversa entre as duas potências rivais.

O encontro entre Sullivan e Jiechi acontece após uma conversa por telefone entre ambos realizada em 18 de maio e durou quatro horas e meio, declarou a jornalistas um alto funcionário.

Sullivan e Jiechi tiveram "conversas francas e produtivas sobre uma série de temas de segurança regional e global, assim como de temas-chave nas relações entre Estados Unidos e China", declarou a Casa Branca em comunicado.

No texto, Sullivan enfatizou "a importância de manter linhas abertas de comunicação para gerir a competição entre nossos dois países".

O funcionário, que conversou com os jornalistas sob condição de anonimato, reconheceu divergências e tensões entre os dois países em uma série de temas, incluindo as tentativas lideradas pelos Estados Unidos de isolar a Rússia pela invasão da Ucrânia e a ameaça chinesa sobre Taiwan.

No domingo, o ministro da Defesa de Pequim prometeu que a China "lutará até o fim" para deter qualquer tentativa de independência por parte de Taiwan.

Durante uma visita ao Japão no mês passado, o presidente americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos defenderão Taiwan em caso de ataque, uma mudança em relação à tradicional política americana de "ambiguidade estratégica" neste tema.

A fonte citada afirmou que Sullivan reforçou a política de Washington de reconhecer a soberania chinesa sobre Taiwan, mas expressou "preocupações sobre as ações coercitivas e agressivas de Pequim" sobre a ilha.

Apesar das diferenças, o diálogo é valorizado para "manter as linhas de comunicação abertas", disse o funcionário.

"Pensamos nisso não necessariamente em termos de acordos específicos, mas mais em termos de garantir que cada lado entenda as intenções do outro, as prioridades do outro", explicou, acrescentando que isso "é crucial" para evitar mal-entendidos e "reduzir os riscos".

As relações entre os dois países pioraram durante o governo de Donald Trump, que colocou em prática uma guerra comercial em resposta ao que descrevia como práticas comerciais abusivas da China.

Biden disse considerar suspender algumas tarifas, uma tentativa de apaziguar a crescente inflação nos Estados Unidos.