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Democracia no Equador está em 'sério risco' por protestas indígenas, diz ministro

20.jun.22 - Manifestantes se reúnem na rua enquanto manifestantes indígenas de todo o Equador marcham na capital Quito para pedir ao presidente Guillermo Lasso que concorde com as demandas por apoio econômico e social, em Quito, Equador - UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER/via REUTERS
20.jun.22 - Manifestantes se reúnem na rua enquanto manifestantes indígenas de todo o Equador marcham na capital Quito para pedir ao presidente Guillermo Lasso que concorde com as demandas por apoio econômico e social, em Quito, Equador Imagem: UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER/via REUTERS

21/06/2022 10h17Atualizada em 21/06/2022 10h52

Os protestos de indígenas do Equador contra o governo, que completaram nove dias e incluem o bloqueio de estradas, deixam em "sério risco" a democracia do país, afirmou nesta terça-feira (21) o ministro da Defesa, Luis Lara, que também falou em nome das Forças Armadas.

"A democracia do Equador está em sério risco diante da ação coordenada de pessoas exaltadas que impedem a livre circulação da maioria dos equatorianos", afirmou o ministro ao lado dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Lara declarou na sede do ministério da Defesa, em Quito, que "as Forças Armadas não permitirão tentativas de romper a ordem constitucional ou qualquer ação contra a democracia e as leis da república".

Na segunda-feira, milhares de indígenas chegaram à capital equatoriana como parte dos protestos, por tempo indeterminado, que começaram há nove dias contra o governo do presidente conservador Guillermo Lasso, do qual exigem uma redução dos preços dos combustíveis.

Convocados pela opositora Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), que participou em protestos que derrubaram três presidentes entre 1997 e 2005, os indígenas bloquearam estradas na maioria das 24 províncias e entraram em confronto com as forças de segurança durante manifestações em várias cidades.