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Ataque de manifestantes a militares no Equador deixa um morto e doze feridos

Grupo de manifestantes construiu barricada durante protestos em Quito, no Equador - REUTERS/Adriano Machado
Grupo de manifestantes construiu barricada durante protestos em Quito, no Equador Imagem: REUTERS/Adriano Machado

28/06/2022 14h12

Um ataque de manifestantes nesta terça-feira (28) provocou a morte de um militar e doze feridos, entre eles cinco policiais, em protestos indígenas contra o governo. As manifestações completam duas semanas, informaram as Forças Armadas.

"Grupos armados fora da lei bloquearam com armas de fogo a equipe militar e policial" que protegia um comboio de caminhões-tanque que transportavam diesel para "manter a produção" de um bloco de petróleo na Amazônia, informou a instituição em um comunicado.

O incidente aconteceu quando os caminhões-tanque dirigiam-se ao bloco Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT) na província de Orellana, no leste, fronteira com o Peru. Lá é armazenado mais de um bilhão de barris de petróleo, principal item de exportação.

O ITT fica localizado dentro do parque Yasuní, considerado reserva mundial da biosfera.

As Forças Armadas classificaram como "terroristas" as ações do movimento indígena, que desde o dia 13 de junho bloqueia rodovias exigindo a redução do preço dos combustíveis em todo território nacional.

Sem levar em consideração o recente relatório da instituição militar, os protestos, que incluem marchas em várias cidades, deixaram cinco manifestantes mortos, mais de 500 militares e civis feridos e 150 detidos, segundo fontes.

As manifestações, que afetam as atividades em mais de 1.100 poços, possuem como foco a produção de petróleo. De acordo com o governo, se os protestos continuarem, o Equador poderia deixar de extrair ouro negro até terça-feira.

No dia 12 de junho, a produção diária equatoriana ficou em 520 mil barris, segundo o Ministério da Energia.