Putin não teria invadido a Ucrânia se fosse mulher, diz premier britânico
Berlim, 29 Jun 2022 (AFP) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não teria ordenado a invasão da Ucrânia se fosse uma mulher, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que acredita que o mundo seria melhor com mais mulheres no poder.
"Se Putin fosse uma mulher, o que obviamente não é, eu realmente não acredito que ele teria iniciado esta guerra maluca de macho, de invasão e violência da maneira que ele fez", declarou ao canal alemão ZDF.
O início desta guerra é um "exemplo perfeito de masculinidade tóxica", acrescentou.
Na mesma entrevista, o primeiro-ministro britânico pediu mais educação para as meninas no mundo e defendeu mais "mulheres em posições de poder".
Em visita ao Turcomenistão, Putin assegurou que os comentários de Johnson foram "incorretos" e deu como exemplo o próprio Reino Unido, cuja ex-primeira-ministra, "Margaret Thatcher decidiu lançar uma ofensiva contra a Argentina para controlar as ilhas Malvinas em 1982".
"Ali, uma mulher decidiu começar uma guerra", disse o líder russo.
Os comentários de Johnson foram objeto de piadas por parte das autoridades russas.
"Freud teria adorado ter em vida um assunto assim para seus estudos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência de notícias Ria Novosti sobre o chefe do governo britânico.
"Boris Johnson tem uma grande imaginação. Que diabos os Sete fizeram juntos?", comentou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia no Telegram, referindo-se à cúpula dos líderes das sete principais potências do G7.
Em sua entrevista à rede alemã, Johnson também disse que "todos querem o fim da guerra", mas que no momento "não há acordo possível, Putin não faz nenhuma proposta de paz".
O objetivo imediato da estratégia ocidental é apoiar a Ucrânia para que esteja na melhor posição estratégica possível no dia em que for possível começar as negociações de paz com Moscou, acrescentou.
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