Turquia pede extradições à Finlândia e Suécia após acordo sobre Otan
Istambul, 29 Jun 2022 (AFP) - A Turquia pedirá à Finlândia e à Suécia a extradição de 33 pessoas que pertencem aos movimentos PKK e Fetö, que considera terroristas, anunciou nesta quarta-feira (29) o ministro de Justiça, Bekir Bozdag.
Este anúncio ocorre um dia depois da assinatura de um memorando entre os três países que inicia a adesão das nações nórdicas à Otan.
"Com o novo acordo, vamos pedir à Finlândia a extradição de seis membros do PKK e seis membros do Fetö. À Suécia, pediremos a extradição de dez membros do Fetö e onze do PKK", declarou o ministro, segundo meios de comunicação locais.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é qualificado como terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais.
Fetö é o acrônimo do movimento fundado pelo teólogo Fethullah Gülen, radicado nos Estados Unidos e considerado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan como instigador da tentativa de golpe de Estado em julho de 2016.
Erdogan se reuniu durante várias horas na terça-feira, antes da abertura da cúpula da Otan em Madri, com seu homólogo finlandês Sauli Niinistö e a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson.
A Turquia bloqueava a adesão deste dois países à Aliança Atlântica acusando-os de acolher militantes dos grupos terroristas, em referência ao PKK e Feto.
No final desta reunião, com a presença também do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, foi apresentado o documento que abre as portas a um futuro acordo formal de ampliação da Aliança frente às ameaças da Rússia.
O memorando aborda muitos dos temas que preocupam Erdogan. Em relação aos grupos curdos, Helsinque e Estocolmo confirmaram a inclusão do PKK nas organizações terroristas e se comprometem a "não apoiar" seu aliado na Síria, as YPG.
Sobre os casos de extradição, o acordo afirma que Finlândia e Suécia os examinarão "rápida e minuciosamente", considerando os serviços de informação turcos.
A presidência turca celebrou o pacto. "A Turquia conseguiu o que queria", ou seja, a plena cooperação dos países nórdicos na luta contra o terrorismo, disse em nota.
Os dois países solicitaram seu ingresso depois que o presidente russo, Vladimir Putin, iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro e após ter permanecido durante toda a Guerra Fria à margem da Aliança liderada pelos Estados Unidos.
fo-ach/mar/es/mb/jc
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.