Furacão Bonnie causa fortes chuvas no México após deixar três mortos na América Central
México, 4 Jul 2022 (AFP) - O furacão Bonnie, de categoria 1 e que deixou três mortos na América Central, chegou nesta segunda-feira (4) às costas do sudeste do México gerando intensas chuvas, informaram o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos e a autoridade de meteorologia local.
Além de uma intensificação das chuvas no Pacífico mexicano, o NHC previu um "fortalecimento" do ciclone em meados desta semana, segundo o comunicado.
O furacão se localizava 250 quilômetros ao sul-sudeste de Puerto Ángel (estado de Oaxaca) e se deslocava ao oeste-noroeste a uma velocidade de 30 km/h, com ventos de 130 km/h e rajadas de 155 km/h, disse o NHC em seu boletim das 14h00 GMT (11h00 no horário de Brasília).
"Hoje (segunda-feira) o furacão Bonnie se deslocará paralelamente às costas dos estados de Guerrero e Oaxaca" causando "chuvas intensas" de até 150 mm e ondas de até cinco metros naquela região, informou o Serviço Meteorológico Nacional (SMN).
Antes da passagem do furacão, o governo de Guerrero suspendeu as aulas nesta segunda-feira em vários municípios.
Bonnie deixou o Pacífico como uma tempestade tropical no sábado, depois de tocar o solo na noite de sexta-feira, na mesma categoria, perto da fronteira entre a Nicarágua e a Costa Rica.
Na noite de domingo, Bonnie alcançou a categoria 1, de 5 na escala Saffir-Simpson, quando estava a 285 km de Bahías de Huatulco, Oaxaca, informou o SMN.
De acordo com um balanço preliminar das autoridades centro-americanas, o fenômeno deixou até domingo pelo menos três mortos na Nicarágua e em El Salvador, centenas de deslocados pelo transbordamento de rios, casas inundadas e queda de árvores.
Bonnie é o terceiro furacão da temporada 2022 no Pacífico mexicano.
O México sofre todo ano o embate de ciclones tropicais tanto em sua costa pacífica como atlântica, geralmente entre maio e novembro.
Em outubro de 1997, o furacão Paulina atingiu a costa do Pacífico mexicano como fucarão 4 deixando mais de 200 mortos, sendo os estados de Oaxaca e Guerrero os mais afetados.
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