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Vídeo de homem negro morto a tiros pela polícia gera protestos nos EUA

Homem negro é morto após abordagem policial nos EUA - Reprodução/Polícia de Ohio
Homem negro é morto após abordagem policial nos EUA Imagem: Reprodução/Polícia de Ohio

04/07/2022 05h58Atualizada em 04/07/2022 06h16

A divulgação de um vídeo que mostra a morte de um homem negro vítima de disparos da polícia gerou protestos no domingo em Akron, no estado americano de Ohio.

O prefeito e a polícia daquela cidade fizeram um pedido de calma, depois que a gravação da câmera corporal de um dos agentes foi divulgada.

Jayland Walker, 25, teria levado 60 tiros, segundo seu advogado. Ele foi morto na última segunda-feira, quando fugia da polícia após uma tentativa de prisão seguida de perseguição em veículo e a pé.

O vídeo, extremamente violento, foi divulgado pela polícia no domingo e mostra o homem sob fogo policial.

Para o presidente da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), Derrick Johnson, esta morte é um "assassinato".

"Este homem negro foi assassinado (...) por uma possível infração de trânsito. Isto não acontece com a população branca nos Estados Unidos", disse Akron

Centenas de pessoas saíram em passeata no domingo até a prefeitura de Akron, no quarto dia de manifestações, que se tornaram tensas hoje, quando alguns manifestantes se aproximaram do cordão policial.

Os manifestantes provocaram alguns distúrbios, com latas de lixo queimadas e danos a equipamentos da polícia, que usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Após revelar poucos dados sobre o tiroteio, autoridades de Akron divulgaram hoje dois vídeos: um deles era uma compilação da câmera corporal, fotogramas e áudio, e o segundo, a gravação completa.

A voz no vídeo explica que Walker não parou. A polícia indica que um disparo foi feito de dentro do veículo.

O comandante Steve Mylett informou que um relatório da perícia dá conta de 60 ferimentos no corpo de Walker, o que coincide com a versão de seu advogado. Os policiais envolvidos nos fatos foram suspensos, enquanto aguardam a investigação judicial