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Ao menos 17 migrantes supostamente haitianos morrem em naufrágio nas Bahamas

24/07/2022 21h25

Equipes de resgate encontraram os corpos de 17 migrantes e resgataram 25 sobreviventes depois que um barco virou na costa das Bahamas, anunciaram autoridades daquele país, que suspeitam que todos os viajantes eram haitianos.

"As equipes de resgate recuperaram 17 corpos da água", 15 mulheres, um homem e um bebê, segundo um comunicado oficial compartilhado no Twitter pelo primeiro-ministro das Bahamas, Philip Davis, no qual também relata 25 pessoas resgatadas.

Os traficantes de pessoas usam o território das Bahamas - um grupo de ilhas na costa da Flórida - como ponto de partida para levar viajantes sem documentos para os Estados Unidos.

Investigações preliminares indicam que o barco em que os migrantes viajavam saiu de New Providence, a ilha mais populosa do arquipélago das Bahamas, por volta da 01h00 (02h00 no horário de Brasília) de domingo com cerca de 60 pessoas a bordo e com destino a Miami, no estado da Flórida.

O barco virou em águas agitadas, a 11 quilômetros da costa da ilha.

As autoridades do arquipélago anunciaram uma investigação "para determinar todas as circunstâncias que cercam uma suposta operação de contrabando de seres humanos que causou" a morte de migrantes.

Mais tarde, o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, tuitou que "17 compatriotas morreram e vários estão desaparecidos" na costa das Bahamas.

"Apelo mais uma vez à reconciliação nacional para resolver os problemas que fazem nossos irmãos, irmãs e crianças fugirem de nossa terra", acrescentou.

O Haiti, o país mais pobre das Américas, enfrenta uma aguda crise política, econômica e de segurança que está levando muitos cidadãos a migrar.

Cerca de 300 haitianos chegaram aos Estados Unidos em março depois que seu barco de madeira encalhou perto de um clube privado em Florida Keys.

Nesse mesmo mês, a Guarda Costeira americana interceptou um pequeno barco que transportava 123 pessoas ao largo de Anguilla Cay, no oeste das Bahamas, e alguns dias antes deteve mais de 140 pessoas na costa de Andros, a maior ilha do arquipélago.

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© Agence France-Presse