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Centro-esquerda na Itália consegue acordo para eleições de setembro

02/08/2022 14h00

O maior partido centro-esquerda da Itália, o Partido Democrático (PD), se uniu a um grupo centrista nesta terça-feira (02) com o objetivo de frear a direita, que segundo pesquisas é a favorita nas eleições do dia 25 de setembro.

"Vamos vencer as eleições (...) Agora começa a verdadeira batalha", garante Carlo Calenda, líder do Azione, após selar o pacto eleitoral com o PD de Enrico Letta. O partido centrista de Calenda também é aliado ao pequeno partido europeu +Europa, de Emma Bonino.

A esquerda moderada vem negociando há vários dias para consolidar uma frente centro-esquerda que impeça a vitória da ala direita, liderada pela pós-fascista Giorgia Meloni, pelo extremo-direita Matteo Salvini e os conservadores de Silvio Berlusconi.

A Itália se prepara para uma campanha inédita, em pleno verão boreal e após a caída inesperada do governo de unidade nacional do economista Mario Draghi, em meados de julho.

Com um programa nacionalista, o partido Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália) de Giorgia Meloni lidera as pesquisas com aproximadamente 24%, enquanto seus aliados da Liga de Salvini têm 12% e a Força Itália, do ex-primeiro-ministro e magnata das comunicações Silvio Belusconi, aparece com 7%.

Segundo levantamento da SWG publicado na segunda-feira (01), um dia antes do acordo, o PD estava contava com cerca de 23% e ambos os partidos Azione e +Europa possuíam cerca de 6% das intenções de voto. 

A votação de setembro acontece em um momento delicado, já que a Itália deve lutar contra uma inflação descontrolada e o aumento no custo da energia devido à guerra na Ucrânia.

Já os vencedores das eleições legislativas de 2018, os antissistema do Movimento 5 Estrelas (M5E) estão fortemente divididos e com apenas 10% nas pesquisas.  

Os italianos votarão no dia 25 de setembro pela primeira vez para um Parlamento reduzido, de acordo com uma histórica reforma constitucional aprovada em 2019, que reduziu o Senado de 315 para 200 assentos e a Câmara de 630 para 400.

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© Agence France-Presse