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Dinamarca dará asilo a mulheres e meninas afegãs

Meninas afegãs sentadas em frente a suas casas - Ahmad Massoud/ Xinhua
Meninas afegãs sentadas em frente a suas casas Imagem: Ahmad Massoud/ Xinhua

30/01/2023 16h22Atualizada em 30/01/2023 19h55

A Dinamarca decidiu hoje dar asilo a mulheres e meninas originárias do Afeganistão, de forma sistemática, por conta de seu gênero, no momento em que elas experimentam um forte retrocesso em seus direitos desde que os talibãs voltaram ao poder.

"A decisão se baseia em informações relativas à deterioração contínua das condições de vida das mulheres e das meninas no Afeganistão", declarou o Conselho de Apelação de Refugiados da Dinamarca em um comunicado, apoiando-se em um relatório da agência europeia para o asilo recentemente publicado.

"Este relatório indica que a situação de alguns grupos de pessoas no Afeganistão, especialmente mulheres e meninas, pode constituir uma perseguição segundo a Convenção [das Nações Unidas relativa ao Estatuto] dos Refugiados", acrescentou.

Após sua chegada ao poder em agosto de 2021, os talibãs reduziram progressivamente as liberdades conquistadas pelas mulheres nos últimos 20 anos, desde a queda do antigo regime em 2001.

Além de estarem privadas do direito de estudar, as mulheres também estão excluídas da maioria dos empregos públicos.

Elas não têm direito a viajar sem o acompanhamento de um parente masculino e devem se vestir com uma burca ou um hijab quando saem de casa.

No fim de dezembro, as autoridades do Talibã também ordenaram ONGs locais e estrangeiras a não contratarem mulheres, após receberem "sérias queixas" sobre sua forma de vestir, e quatro dias após proibi-las de estudar nas universidades pelas mesmas razões.