Topo

Esse conteúdo é antigo

Líder da ONU pede 'ao menos três dias' de trégua no Sudão pelo fim do Ramadã

Secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu cessar-fogo no mês sagrado de jejum para os muçulmanos. - Reuters
Secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu cessar-fogo no mês sagrado de jejum para os muçulmanos. Imagem: Reuters

20/04/2023 13h40

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta quinta (20), um cessar-fogo "de ao menos três dias" no Sudão por ocasião da celebração do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum para os muçulmanos.

"É um momento importante do calendário muçulmano. Penso que é um bom momento para que se mantenha um cessar-fogo (...) Estamos em contato com as partes, pensamos que é possível", disse o líder das Nações Unidas à imprensa, após uma reunião virtual com a União Africana, a Liga Árabe e outras organizações regionais. 

Como prioridade imediata, "peço um cessar-fogo de pelo menos três dias, por ocasião da celebração do Eid al Fitr, para permitir que os civis presos em zonas de conflito saiam e busquem atendimento médico, alimentação e outras necessidades essenciais".

Guterres considerou que este deve ser "o primeiro passo" não só para dar um "respiro" à população, mas para "abrir caminho para um cessar-fogo permanente".

Pessoalmente empenhado em organizar uma trégua, o secretário-geral considerou que o fim dos conflitos deve "ser seguido de um diálogo sério que permita uma transição bem-sucedida, a começar pela nomeação de um governo civil".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 330 pessoas morreram e mais de 3.200 ficaram feridas desde o início dos confrontos no último sábado (15) entre dois generais que disputam o poder após terem aplicado um golpe de Estado em 2021.

"Os enfrentamentos devem parar imediatamente", insistiu Guterres, que expressou "profunda preocupação com o alto preço para a população, a terrível situação humanitária e a assombrosa perspectiva de uma escala", além da situação dos funcionários da ONU que estão presos na zona de conflito.

abd/dax/af/llu/dd/yr

© Agence France-Presse