Suposto espião russo cumpre prisão preventiva nos EUA
Um suposto agente do serviço secreto russo extraditado da Estônia para os Estados Unidos por acusações que incluem conspiração e contrabando se encontra em prisão preventiva, informaram autoridades nesta sexta-feira (14), enquanto Washington estuda uma troca de prisioneiros com Moscou.
Os Estados Unidos acusam Vadim Konoshchenok de ter dirigido um grupo que fornecia ilegalmente para a Rússia componentes eletrônicos e munição usando empresas de fachada. Ele enfrenta uma pena de 30 anos de prisão nos Estados Unidos por associação criminosa, violação dos controles de exportação, lavagem de dinheiro e contrabando.
Konoshchenok é acusado de ter "fornecido à Rússia tecnologia e munição de ponta concebidas por americanos, para que fossem usadas em sua invasão ilegal e não provocada à Ucrânia", declarou Andrew Adams, diretor da equipe KleptoCapture, que responde ao Departamento de Justiça.
Segundo autoridades americanas, Konoshchenok foi detido em 2022 por autoridades da Estônia a pedido dos Estados Unidos, por tentar cruzar a fronteira com a Rússia portando semicondutores e munição americanos. O Departamento de Justiça americano anunciou em dezembro o indiciamento dele e de outros quatro russos e dois americanos, acusados de trabalhar para empresas "dirigidas pelo serviço de inteligência russo".
A extradição de Konoshchenok para os Estados Unidos acontece no momento em que Washington tenta negociar a libertação de cidadãos americanos detidos na Rússia, entre eles o jornalista Evan Gershkovich, acusado de espionagem, o que o governo americano nega.