Pequim considera que restrições de exportação da UE à China 'não fazem sentido'
A China considerou, nesta quarta-feira (6), que a política de exportação da União Europeia com o seu país, com restrições ao envio de produtos de alta tecnologia, "não faz sentido", declarou o Ministério das Relações Exteriores na véspera de uma cúpula bilateral.
"Se a UE impõe rigorosas restrições à exportação de produtos de alta tecnologia para a China de uma parte, e espera aumentar de forma significativa suas exportações para a China de outra, acho que isso não faz sentido", disse Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa.
Na quinta-feira (7), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chefe de diplomacia da UE, Josep Borrell, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, devem chegar à Pequim para uma cúpula entre o bloco e a China.
O encontro será o primeiro presencial, desde 2019, entre os líderes da UE e da China, o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Qiang. Um dos principais pontos da agenda é o comércio.
Von der Leyen declarou em uma entrevista à AFP antes de uma cúpula que "os líderes europeus não tolerarão com o tempo o desequilíbrio comercial em nossa relação".
Nesta quarta-feira, durante a coletiva de imprensa diária do ministério, Wang afirmou que a "China é um parceiro confiável e indispensável da UE".
"Administrar corretamente as divergências pelo diálogo e das consultas é importante para o desenvolvimento das relações entre China e UE", acrescentou.
O porta-voz de Pequim acrescentou que espera que "a parte europeia trabalhe com a China para que se encontrem no meio do caminho, para criar uma atmosfera positiva para o sucesso da reunião dos líderes China-UE e para que façam esforços conjuntos para o desenvolvimento saudável e estável das relações China-UE".
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© Agence France-Presse
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